Em um passado não muito longínquo, já na era clássica da medievalidade industrial dos computadores quase pessoais, circulou na grande rede, mesmo que sonolentamente, um e-mail que muito me chamou a atenção. Nele havia a seguinte frase: “Pesso que fação com urgencia”.
Após 15 minutos ininterruptos rindo e apontando para o monitor, percebi a genialidade da frase.
“Pesso”, na verdade, é uma brilhante junção de “peço” com “posso”, ou seja, retrata de forma eufemística uma ordem de alguém que realmente pode dar ordens. Para não demonstrar toda a autoridade e arrogância ao mandar o receptor do memorável e-mail realizar a não supracitada atividade, o gênio emissor utilizou-se do eufemismo para ordenar.
“Fação”, seguindo a mesma linha de raciocínio, descreve fidedignamente a ação que deverá ser feita, conjugada com o substantivo cortante “facão”. Em outras palavras, caso o receptor do e-mail não fizesse a determinada atividade, poderia haver corte de pessoal, ou seja, coloquialmente falando, o facão poderia degolar alguém.
E, para finalizar, “urgencia”, que demonstra a avidez pela leitura e pelas tendências da nossa amada, mesmo que surrada, língua portuguesa. O emissor do e-mail já tinha ciência que as paroxítonas terminadas em ditongo crescente não seriam mais acentuadas, conforme reforma (desculpe a cacofonia) da nossa língua... A portuguesa, é claro...
3 comentários:
Fico feliz que o chistoso blog Papricantis Neandertalis tenha influenciado você! Seja bem vindo ao mundo do nonsense e da galhofa. Amplexo.
Justificar esses erros é praticamente impossível.rssssssssss. Bem bolado
Ai que burro, dá zero pra ele!!!!! kkkkkkkkkk
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